Domingo
, 19 de janeiro
1. A PROFANAÇÃO DO TEMPLO
A. Descreva a situação que predominava no templo de Jerusalém no início do ministério público de Cristo. João 2:13 e 14.
“Todo judeu era obrigado a pagar anualmente meio siclo [a moeda corrente da época] como ‘resgate da sua alma’. [...] Além disso, as pessoas levavam grandes somas como ofertas voluntárias para depositar no tesouro do templo. Além do mais, era necessário converter toda moeda estrangeira por uma denominada siclo do templo, que era aceita para o serviço do santuário. Esse câmbio monetário criava oportunidades para fraude e extorsão, que se transformavam em um tráfico vergonhoso, tornando-se uma fonte de lucro para os sacerdotes.
“Os negociantes exigiam preços elevadíssimos pelos animais que vendiam, e, em seguida, compartilhavam os ganhos com os sacerdotes e líderes, que assim se enriqueciam às custas do povo.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 155. [Colchetes do Tradutor.]
B. Como isso afetava os serviços do templo? Ezequiel 22:26 (última parte).
“Na época da Páscoa, ofereciam-se muitos sacrifícios, e os negócios no templo disparavam. A confusão resultante se parecia muito mais com uma barulhenta feira de gado do que com o sagrado templo de Deus. O ambiente estava repleto dos ruídos característicos de um mercado, incluindo as negociações, os sons dos animais e aves, e as discussões acaloradas. A confusão era tão grande que os adoradores ficavam perturbados, e as palavras dirigidas ao Altíssimo se perdiam em meio ao alvoroço que invadia o templo.” — Idem.
Segunda-feira
, 20 de janeiro
2. REVERÊNCIA DENTRO DA IGREJA
A. Como Deus considera o lugar onde Ele manifesta Sua presença? Qual foi Sua primeira orientação no Monte Sinai? Êxodo 3:1-5; 19:12 e 13.
“Quando o Senhor desceu sobre o Monte Sinai, Sua presença consagrou o lugar. [...] Desse modo, o evento ensinou esta lição: onde quer que Deus manifeste Sua presença, o lugar é santo.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 155 e 156.
B. Como Cristo reagiu ao presenciar a profanação do templo? João 2:15 e 16.
“Ao entrar no templo, Jesus analisou toda a cena. Viu as negociações injustas. Percebeu a angústia dos pobres, os quais pensavam que, sem derramamento de sangue, não haveria perdão dos pecados. Observou a área externa de Seu templo convertida num lugar de negócio profano. O ambiente sagrado havia se transformado num vasto mercado.” — Ibidem, p. 157.
“Descendo lentamente os degraus e erguendo o açoite de cordas que pegou ao entrar no recinto, Cristo ordena aos comerciantes que se afastem da área do templo. Com zelo e severidade que nunca havia manifestado até ali, Ele derruba as mesas dos negociantes. As moedas caem, tilintando bruscamente no piso de mármore. Ninguém se atreve a questionar Sua autoridade. Ninguém se arrisca a parar a fim de recolher os ganhos desonestos. Jesus não golpeia as pessoas com o chicote de cordas, mas, em Sua mão, aquele simples açoite parece tão terrível quanto uma espada de fogo. Os oficiais do templo, os sacerdotes corruptos, os corretores e comerciantes de gado com seus animais e aves, saem correndo do lugar com o único pensamento de fugirem da condenação de Sua presença.” — Ibidem, p. 158.
C. O que significava o ato de Cristo ao purificar o templo? Malaquias 3:1-3.
“A área externa do templo de Jerusalém, cheia do tumulto das negociações profanas, representava com toda verdade o templo do coração, contaminado pela presença de paixões sensuais e dos pensamentos profanos. Ao purificar o templo da presença dos compradores e vendedores do mundo, Jesus anunciou Sua missão de limpar a alma da mancha do pecado — dos desejos terrenos, das concupiscências egoístas e dos maus hábitos que corrompem o coração.” — Ibidem, p. 161.
Terça-feira
, 21 de janeiro
3. A PRESENÇA DE DEUS
A. Qual era o propósito original de Deus ao estabelecer Seu santuário em meio ao Seu povo? Êxodo 25:8.
“Esse templo, erguido para a habitação da Presença divina, foi projetado visando ser uma lição prática para Israel e para o mundo. Desde os tempos eternos, era o propósito de Deus que todo ser criado, desde o brilhante e santo serafim até o ser humano, fosse um templo para a habitação do Criador.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 161.
B. Por que a Bíblia chama os crentes de “templo de Deus”? E como devemos manter com todo o empenho a santidade desse templo? 1 Coríntios 3:16 e 17; Isaías 57:15.
“Por causa do pecado, a humanidade deixou de ser um templo para Deus. Obscurecido e contaminado pelo mal, o coração humano não revelava mais a glória da Divindade. Porém, a encarnação do Filho de Deus cumpriu o propósito do Céu. Deus habita na humanidade, e, por meio da graça salvadora, o coração humano se torna novamente Seu templo.” — Idem.
“Se cremos que o fim de todas as coisas está às portas, ‘que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade?’
“Toda pessoa que realmente crê na verdade produzirá obras correspondentes. Todos serão fervorosos, solenes e incansáveis em seus esforços para conquistar pessoas para Cristo. Se a verdade for plantada primeiro no íntimo da própria alma, consequentemente eles procurarão plantá-la no coração dos outros. A verdade é mantida tempo demais na parte de fora. Levem-na para o interior da própria alma, ponham-na no trono do coração e deixem-na controlar a vida. A Palavra de Deus deve ser estudada e obedecida para que, na sequência, o coração encontre descanso, paz e alegria, e os anseios se inclinem para o Céu. No entanto, quando a verdade fica do lado de fora da vida, no quintal, o fogo ardente da bondade de Deus não aquece o coração.
“Muitos reservam a religião de Jesus para certos dias ou ocasiões, mas no restante do tempo a deixam de lado e a negligenciam. O princípio permanente da verdade não serve só para algumas horas do sábado, ou para alguns atos de beneficência social, mas deve ser introduzido no coração, o que refinará e santificará o caráter.” — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 547.
Quarta-feira
, 22 de janeiro
4. A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO VIVO
A. Ao buscarmos purificar o templo, o que devemos entender sobre nossa condição de desamparo? Jeremias 2:22; Jó 14:4.
“Nenhum ser humano pode, sozinho, expulsar a tropa maligna que tomou posse do coração.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 161.
B. Qual é o segredo para alguém ser capaz de permanecer diante de um Deus santo com um coração purificado? Ezequiel 36:25-27; Zacarias 3:3-5.
“Jacó fora culpado de um grande pecado em sua conduta para com Esaú, mas se arrependeu disso. Deus perdoou-lhe a transgressão e purgou-lhe o pecado, dando-lhe condições para suportar a revelação da presença divina. Porém, onde quer que as pessoas se apresentem diante de Deus enquanto persistem alimentando o mal, serão destruídas. Na segunda vinda de Cristo, os ímpios serão consumidos ‘pelo assopro da Sua boca’ e destruídos ‘com o resplendor da Sua vinda’ (2 Tessalonicenses 2:8). A luz da glória de Deus, que dá vida aos justos, destruirá os ímpios.
“No tempo de João Batista, Cristo estava prestes a aparecer como Aquele que revela o caráter de Deus. Sua presença revelaria às pessoas o próprio pecado delas. Somente quando estivessem dispostas a serem purificadas do pecado é que elas poderiam entrar em comunhão com Ele. Somente os puros de coração podem permanecer em Sua presença.” — Ibidem, p. 108.
“Só Cristo pode purificar o templo do coração. Mas Ele não arrombará a porta. Jesus não entra no coração como entrou no templo de antigamente, mas diz: ‘Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa’ (Apocalipse 3:20). Ele virá, mas não só por um dia, pois diz: ‘Neles habitarei, e entre eles andarei; [...] e eles serão o Meu povo’. ‘Sujeitará nossas iniquidades; e Tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar’ (2 Coríntios 6:16; Miqueias 7:19). Sua presença purificará e santificará a alma para que seja um templo santo no Senhor e uma ‘morada de Deus em Espírito’ (Efésios 2:21 e 22).” — Ibidem, pp. 161 e 162.
“Enquanto Jesus ministra no santuário celestial, Ele ainda é, por Seu Espírito, o ministro da igreja na Terra.” — Ibidem, p. 166.
Quinta-feira
, 23 de janeiro
5. PURIFICANDO O TEMPLO HOJE
A. Como Deus exige dos líderes de Seu povo que mantenham a santidade de Sua casa com todo esforço e diligência? Habacuque 2:20; Ezequiel 44:23.
“O ambiente da igreja de Deus deve ser considerado santo. Porém, na luta pelo ganho, tudo isso se perde de vista.
“Deus chamou os sacerdotes e principais para serem Seus representantes junto à nação; portanto, eles é que deviam ter corrigido os abusos no pátio do templo. Além disso, deviam ter dado ao povo um exemplo de integridade e compaixão.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 156.
“Infelizmente, é fato que a reverência na casa de Deus quase não existe mais. Não se percebem objetos e lugares sagrados, nem se apreciam as coisas santas e exaltadas. [...] Deus deu regras de ordem perfeitas e exatas ao Seu antigo povo. Será que Seu caráter mudou? Não é Ele ainda o grande e poderoso Deus que governa no Céu dos céus? Não seria bom lermos com frequência as instruções que o próprio Senhor forneceu aos israelitas para que nós, que temos a luz da gloriosa verdade a brilhar, possamos imitar a reverência deles pela casa de Deus?” — Testemunhos para a igreja, vol. 5, pp. 495 e 496.
B. Explique a vitória essencial que precisamos alcançar na força de Cristo. Mateus 5:8; 1 João 3:1-3.
“Peço a todos os que afirmam ser filhos de Deus que nunca se esqueçam desta grande verdade: precisamos do Espírito divino dentro de nós para alcançar o Céu, e da obra de Cristo fora de nós a fim de recebermos um título para a herança imortal.” — Testemunhos para ministros, p. 442.
Sexta-feira
, 24 de janeiro
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Quem eram os líderes do comércio profano no templo?
2. Qual deve ser a atitude de qualquer um que comparece perante Deus?
3. Explique o significado espiritual que o templo de Jerusalém deveria ter.
4. O que Cristo declarou ao purificar o templo?
5. Qual é a única forma de purificar o nosso defeituoso coração humano?