“Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei”. Isa 54:7
Acredito que quase todos, em algum momento da vida, já passaram pelo sentimento de abandono. Talvez dos pais, dos filhos, do cônjuge, dos amigos e até de Deus. Sentimos-nos rejeitados, desprezados, desesperados e desamparados.
No dia 08/10/2010 minha filha Vívian Daiany foi acometida de uma trombose cerebral; quando cinco veias em sua cabeça ficaram obstruídas, provocando-lhe uma forte convulsão.
Depois de tomarmos todos os devidos procedimentos, e apesar do susto, estávamos gratos a Deus no aguardo de sua saída do hospital, que estava prestes a acontecer. Mas em vez disso, no dia 25/11/2010, ainda internada sofreu mais duas convulsões que desta vez lhe paralisaram o corpo.
Foi então que senti a sensação de abandono. Por quê? Por que Senhor tu permitiste que acontecesse isso na vida da Vívian?
Filha única, apenas dezenove anos de idade, dez meses de casada, no segundo ano da faculdade de Psicologia, ativa na igreja, pianista do conjunto de adolescentes etc. Até então sua vida tão estável e promissora havia sido uma benção para nós. Mas agora passei a imaginá-la em uma cadeira de rodas, dependente do nosso auxilio.
A igreja se uniu a nós em oração, e então vimos o milagre acontecer: voltou a andar. Por quatro veias o sangue voltou a fluir, e a outra encontrou uma veia alternativa; e no dia 31/12 pude vê-la na igreja testemunhando do reavivamento espiritual operado em sua vida.
Três dias mais tarde visitava uma irmã, e ao comentar o acontecido, me convidou a orar e a retirar um verso na caixinha de promessas. O meu verso foi Isaías 54:7:
“Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei”.
Que alegria invadiu meu coração ao compreender que não estivemos sós, mas que tudo havia sido dosado na medida certa, para aprendermos a confiar mais nos cuidados dEle.
Cada aflição que passamos, são oportunidades de Deus para nos conceder bênçãos espirituais, e no fim, podemos ter a certeza que “com profunda compaixão nos trará de volta”.
Leoni de A. Braga Silva
S. Paulo – Brasil