Domingo
18 de maio
1. FILHOS DE ABRAÃO
A. Que afirmação os fariseus repetiam continuamente? João 8:33 e 39 (primeira parte). No entanto, o que comprova essa filiação? João 8:39 (última parte) e 56; Romanos 9:6-8.
“Os fariseus se declaravam filhos de Abraão. Jesus lhes disse que essa afirmação só seria válida se praticassem as obras do patriarca. Os verdadeiros filhos dele viveriam uma vida de obediência a Deus, assim como Abraão viveu. Esses filhos não tentariam assassinar Aquele que falava a verdade que havia recebido de Deus. Ao conspirar contra Cristo, os rabinos não estavam praticando as obras daquele de quem diziam ser filhos. Uma mera descendência sanguínea de Abraão não valia nada. Sem uma conexão espiritual com o patriarca, a qual se manifestaria em revelar o mesmo caráter e praticar as mesmas obras, na verdade não eram seus filhos.
“Esse princípio tem o mesmo peso sobre um assunto que há muito tempo tem agitado o mundo cristão — o problema da sucessão apostólica. Nem o nome nem a descendência sanguínea de Abraão serviam para validá-la, mas sim a semelhança de caráter com ele. Desse modo, a sucessão apostólica não se baseia na transmissão da autoridade eclesiástica, mas na relação espiritual. Uma vida inspirada nos ideais apostólicos, na crença e no ensino da verdade que eles compartilhavam, é que carrega em si a verdadeira evidência da sucessão apostólica. Isso é o que faz das pessoas as reais herdeiras dos primeiros mestres do evangelho.” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 466 e 467.
Segunda-feira
19 de maio
2. NÃO ERAM AQUILO DE QUE SE VANGLORIAVAM
A. Embora os judeus fossem descendentes naturais de Abraão, de quem se tornaram filhos de fato após rejeitarem a Cristo? João 8:41-44.
“Jesus negou que os judeus fossem filhos de Abraão. Ele disse: ‘Vós fazeis as obras de vosso pai’. Em zombaria, responderam: ‘Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus’ (João 8:41). Essas palavras, referindo-se às circunstâncias de Seu nascimento, pretendiam ofender a Cristo na presença daqueles que começavam a crer nEle. Jesus não deu importância àquela insinuação imoral, mas declarou: ‘Se Deus fosse o vosso Pai, vós Me amaríeis, porque Eu saí e vim de Deus’ (João 8:42).
“As obras dos líderes judaicos demonstravam sua relação com aquele que era mentiroso e assassino. ‘Vós sois do diabo, que é vosso pai’, disse Jesus, ‘e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque nele não há verdade. [...] Mas porque Eu digo a verdade, não Me credes’ (João 8:44 e 45). O fato de Jesus falar a verdade, e com plena certeza, era a razão pela qual os líderes judeus não O aceitavam. Era a verdade que ofendia esses homens cheios de hipocrisia e justiça própria. A verdade expunha a falácia do erro, condenando seus ensinamentos e práticas. Por isso, era indesejável. Preferiam fechar os olhos à verdade do que humilhar-se e confessarem que estavam errados. Eles não amavam a verdade. Não a desejavam, mesmo sendo a verdade.” — O Desejado de Todas as Nações, p. 467.
B. O que nos torna filhos de Abraão? Como os líderes judeus demonstraram que não eram verdadeiros filhos de Abraão? Gálatas 3:6-9; João 8:40.
“‘Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai’ (Romanos 8:15). O espírito de escravidão é gerado quando buscamos viver de acordo com uma religião baseada unicamente nos princípios da Lei, quando lutamos para cumprir suas exigências em nossa própria força. Só há esperança para nós quando nos colocamos sob o concerto abraâmico, que é o pacto da graça pela fé em Cristo Jesus. O evangelho pregado a Abraão, pelo qual ele teve esperança, é o mesmo evangelho que nos é pregado hoje, que também nos traz esperança. Abraão contemplou Jesus, que é o Autor e Consumador de nossa fé.” — The Youth’s Instructor, 22 de setembro de 1892.
Terça-feira
20 de maio
3. O CARÁTER DE CRISTO
A. Que pergunta os inimigos de Jesus não conseguiram responder a respeito de Seu caráter imaculado? João 8:46 (primeira parte).
“Em Sua vida na Terra, Cristo desenvolveu um caráter perfeito, prestando perfeita obediência aos mandamentos de Seu Pai. Ele mostrou ao ser humano que, ao assumir suas doenças, tristeza e culpa, Ele não Se tornou um pecador [...]. Diante dos fariseus, Ele poderia dizer: ‘Quem dentre vós me convence de pecado?’ Nem uma mancha de pecado se achou nEle. Estava diante do mundo como o imaculado Cordeiro de Deus.” — Filhos e filhas de Deus, p. 25.
“Jesus viveu a Lei à vista do Céu, perante mundos não caídos e diante de humanos pecadores. À vista de anjos, homens e demônios, Ele falou, de modo incontestável, palavras que teriam sido blasfêmia se quaisquer outros lábios as tivessem proferido: ‘Eu faço sempre o que Lhe agrada’ (João 8:29).” — O Desejado de Todas as Nações, pp. 467 e 468.
B. Além do que Jesus falou na qualidade de Filho do homem, o que as Escrituras declaram sobre o caráter de Cristo? Hebreus 4:15; 1 Pedro 1:18 e 19.
“A fé das pessoas em Cristo como o Messias não deveria se basear em evidências visíveis nem em atratividades pessoais, mas sim por causa de Sua excelência de caráter, a qual jamais se viu, nem poderia se ver, em outro ser humano.” — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 7, p. 904.
C. Como a vida de Jesus deve nos tocar? Filipenses 2:6-8.
“Acaso o Homem que é nosso Exemplo não trilhou um caminho árduo, de negação própria, sacrifício e humildade por nossa causa a fim de nos salvar? Ele enfrentou dificuldades, experimentou decepções, sofreu críticas e angústias em Sua obra de nos salvar. E por isso nós nos recusaremos a seguir por onde o Rei da glória abriu o caminho? Reclamaremos das dificuldades e provações na obra de vencer ao nos lembrarmos dos sofrimentos de nosso Redentor, quando tudo isso é para o nosso próprio bem?” — Testemunhos para a igreja, vol. 3, p. 371.
Quarta-feira
21 de maio
4. O CARÁTER DOS SEGUIDORES DE CRISTO
A. Qual é o objetivo de todos os verdadeiros seguidores de Cristo? 1 Pedro 1:13-16.
“Nossa obra é lutar para atingir em nossa esfera a mesma perfeição que Cristo alcançou em todos os aspectos do caráter em Sua vida na Terra.” — Para conhecê-lO, p. 130.
B. Como podemos alcançar esse objetivo? Hebreus 12:1-4; Gálatas 5:6 (última parte); Filipenses 3:12-15; Filipenses 4:13.
“Como podemos alcançar a perfeição estipulada por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo — nosso Grande Mestre? Será que temos condições de cumprir Sua exigência e alcançar um padrão tão elevado? Podemos, sim, caso contrário Cristo não nos teria ordenado fazê-lo. Ele é nossa justiça. Em Sua humanidade, partiu à nossa frente e conquistou para nós a perfeição de caráter. Devemos crer nEle com aquela fé que opera por amor e purifica a alma. A perfeição de caráter se baseia naquilo que Cristo é para nós. Se dependermos constantemente dos méritos de nosso Salvador e andarmos em Seus passos, seremos como Ele: puros e imaculados. — Idem.
C. Como podemos realmente nos tornar puros e irrepreensíveis diante de Deus? Romanos 5:18-20; Hebreus 10:14.
“Cristo não perdoa ninguém além dos que se arrependem; mas aqueles a quem Ele perdoa, primeiro os conduz ao arrependimento.” — Mensagens escolhidas, vol. 1, pp. 393 e 394.
“O pecador deve sempre olhar para o Calvário; e com a fé simples de uma criancinha, deve descansar nos méritos de Cristo, aceitando Sua justiça e crendo em Sua misericórdia. [...]
“Que amor é esse — o maravilhoso e insondável amor — que levou Cristo a morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores! Que perda para a pessoa que entende as fortes exigências da Lei mas ainda não consegue entender a graça de Cristo, a qual é muito mais abundante!” — Ibidem, p. 384.
Quinta-feira
22 de maio
5. NOSSO CARÁTER SE TORNANDO COMO O DELE
A. Como devemos garantir nossa vocação e eleição? 2 Pedro 1:4-11; Apocalipse 19:8.
“Deus exige agora o que Ele exigiu de Adão: obediência perfeita, justiça sem mancha nem defeito aos Seus olhos. Que Deus nos ajude a oferecer a Ele tudo o que Sua Lei exige. Não podemos fazer isso sem aquela fé que aplica a justiça de Cristo ao viver diário.” — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 381.
“Enquanto Satanás reinar, teremos o eu para conquistar e pecados persistentes para vencer. Enquanto a vida durar, não haverá pausa, nenhuma fase para alcançar e dizer: Atingi o ponto máximo. A santificação é o resultado da obediência ao longo da vida.” — Atos dos apóstolos, pp. 560 e 561.
“Devemos perceber que, por meio da crença nEle, é nosso privilégio ser participantes da natureza divina e, assim, escapar da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Desse modo, somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter. Não precisamos manter uma só propensão pecaminosa. [...]
“Ao participarmos da natureza divina, as tendências hereditárias e cultivadas para o mal são eliminadas do caráter, e nos tornamos um poder vivo para o bem. Sempre aprendendo do Mestre divino, participando diariamente de Sua natureza, cooperamos com Deus para vencer as tentações de Satanás. Deus opera, e a pessoa coopera, para que o ser humano possa ser um com Cristo assim como Jesus é um com Deus. [...]
“É Ele quem nos dá poder para vencer. Aqueles que ouvem Sua voz e obedecem a Seus mandamentos são capacitados para formarem um caráter justo.” — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 7, p. 943.
Sexta-feira
23 de maio
PARA VOCÊ REFLETIR
1. Por que os fariseus não podiam ter direito à vida eterna com base em sua linhagem sanguínea? Por que ninguém hoje pode confiar na ancestralidade ou no DNA como garantia de salvação?
2. Explique as características dos verdadeiros filhos de Abraão.
3. Com relação ao próprio caráter, o que Jesus pôde dizer?
4. Que objetivo é estabelecido para todo cristão?
5. Como podemos ser encontrados perfeitos e irrepreensíveis diante de Deus?